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Tratamento por EZT - Princípios e indicações | |
A exérese da zona de transformação (EZT), inicialmente denominada cirurgia de alta frequência (CAF), é um método excisional para o tratamento da NIC.
- Um eletrodo de alça metálico acionado por uma unidade eletrocirúrgica (UEC) é usado para ressecar a zona de transformação junto com a lesão.
- É importante remover toda a zona de transformação (não apenas a lesão) juntamente A exérese da zona de transformação (EZT), inicialmente denominada cirurgia de alta frequência (CAF), é um método excisional para o tratamento da NIC.
- Dependendo do tipo de zona de transformação e da profundidade da endocérvice removida a excisão pode ser do tipo 1, tipo 2 ou tipo 3. A excisão do tipo 1 é adequada para uma lesão puramente ectocervical, enquanto a excisão do tipo 3 é necessária se a extensão endocervical da lesão não é visível ou se a EZT é realizada para anormalidades glandulares ou câncer microinvasivo.
- O tecido cervical é cortado enquanto o calor do arco elétrico, que está entre o fio metálico (eletrodo ativo) e o colo do útero, vaporiza o tecido. Portanto, a alça não deve ser forçada no colo do útero; em vez disso, deve ser orientada para derreter o tecido (como uma faca quente na manteiga). A inclinação da alça resultará em um cone raso.
- Uma mistura de corrente de corte e coagulação é usada. A potência necessária varia de máquina para máquina, mas deve ser iniciada com uma corrente de 40W de coagulação e 40W de corte, e aumentada gradualmente, se necessário.
- A largura da alça varia de 10mm a 30mm e a profundidade varia de 10mm a 20mm. O tamanho apropriado da alça deve ser selecionado para alcançar a profundidade e a largura de corte adequadas, dependendo do tamanho e da posição da lesão. Alças que são muito pequenas não devem ser usadas, porque haverá carbonização do tecido.
- Idealmente, a zona de transformação deve ser removida como uma única peça de tecido. No entanto, uma lesão maior pode exigir várias passagens da alça para remover a zona de transformação em pedaços. A parte central da lesão deve ser sempre extirpada primeiro.
- O tecido removido deve ser submetido a exame histopatológico para determinar a gravidade da doença e se as margens do cone estão livres de doença.
Indicações de EZT
- Uma lesão NIC1 que persiste por mais de 2 anos
- Lesões NIC2 ou NIC3
- NICs que não podem ser tratadas pela crioterapia
- Neoplasia intraepitelial cervical glandular (adenocarcinoma in situ) (a conização por bisturi a frio é preferível)
- Câncer microinvasivo (a conização por bisturi a frio é preferível)
- Citologia ASC-H ou LIEAG com uma zona de transformação do tipo 3 e sem lesão visível na colposcopia
- Citologia persistentemente anormal na ausência de qualquer lesão visível na colposcopia
- IVA positiva ou HPV positivo que não podem ser tratadas pela crioterapia (somente em locais onde o algoritmo rastrear-e-tratar é praticado)
- Citologia e/ou curetagem endocervical que mostra anormalidades glandulares
A EZT deve ser considerada como um procedimento terapêutico se a lesão estiver na ectocérvice ou se o limite superior da lesão for visível dentro do canal endocervical e não houver suspeita de doença invasiva ou glandular. Para outras indicações, a EZT é essencialmente um procedimento diagnóstico para remover um “cone” para avaliação histopatológica.
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